sábado, 5 de maio de 2012

O que é Psicanálise?


 É o estudo da psicologia que estuda o inconsciente. A palavra psicanálise tbém é designada para a física terapêutica, fundamentada nas teorias de Freud. É a psicoterapia psicanalítica, tbém conhecida como psicanálise. E designa tbém o método de investigação da psique, utilizada por Freud, que busca descobrir o significado dos fenômenos psicológicos com base no estudo do inconsciente.
A psicanálise foi criada por Sigmund Freud, médico austríaco que estudando as doenças psicológicas como: a neurose, a esteria, a psicose. Concluiu que existe uma vida psicológica de que não temos consciência e que influencia nossos pensamentos, nossas escolhas e nosso comportamento. As teorias de Freud tiveram grande repercussão e marcaram profundamente a psicologia, a filosofia do séc. 20. Influenciou a sociologia, a antropologia e as demais ciências sociais. Além disso a influencia da psicanálise marcou tbém as artes plásticas, literatura e o cinema. Ouve momentos de debates apaixonados, envolvendo grande parte da intelectualidade de vários países sobre as teses da psicanálise. E os conceitos elaborados por Freud foram amplamente popularizados, com divulgações em jornais e revistas, além de entrevistas com psicanalistas nas rádios e na televisão. A noção Freudiana que há uma sexualidade infantil de caráter não genital, mas movida pela mesma força que move a sexualidade adulta causou escândalos no meio mais conservador e não faltou quem o acusasse de imoralidade e pervessão. Hoje a idéia que existe de uma sexualidade infantil e aceita em muitas correntes de pensamento e por parcela significativa da população de vários países. Outra noção Freudiana que causou grande polêmica foi o conceito de inconsciente, a idéia de que os fenômenos do inconsciente determina o nosso comportamento abalou um dos fundamentos do pensamento moderno, ou seja enfraqueceu a certeza de que nos temos uma consciência racional que é capaz de controlar a tudo.
Pulsão é um dos conceitos mais importantes da teoria de Freud. Pulsão é uma força que tem origem em nosso corpo e se dirige para a psique em busca de satisfação e prazer. A pulsão é uma ponte entre o corpo e mente, ela é tbem a fonte de energia que alimenta nossa psique. Pulsão é como um impulso que mobiliza toda a nossa psique no sentido da sua satisfação. A pulsão não pode ser percebida diretamente ligada ao corpo e se configurando como uma força a pulsão é anterior entre a própria separação entre consciente e inconsciente, assim ela só pode ser percebida pelos seus representantes, que são as idéias e os afetos. A psique não pode fugir a força da pulsão, só pode encontrar meios de dirigir esse impulso evitando que ocorra algum desastre. Existem muitas pulsões. Freud direciona principalmente a Libido que é a pulsão sexual. Há muitos modos da Libido se manifestar ligada a diferentes órgãos dirigida a diferentes objetos, mas ela é sempre como toda pulsão regida pelo principio do prazer. A pulsão busca o prazer imediato. É importante destacar que a pulsão sexual não está ligada apenas aos órgãos genitais, o prazer investe de energia pulsional a boca e diferentes partes do corpo. O ato de mamar não proporciona apenas o prazer da alimentação e a satisfação do instinto da fome, há prazer pois a boca do bebê está investida de libido. Toda situação ou parte do corpo q proporciona prazer corresponde há uma pulsão sexual. As diferentes fases do crescimento da criança são marcadas por diferentes tipos de sexualidade que só vai se tornar genital apartir da adolescência. Freud identificou também a pulsão do ego, que é a tendência para autopreservação.
Freud concluiu sua teoria da pulsão concebendo um sistema pulsional dividido entre duas grandes forças opostas: EROS e THANATOS.
EROS é a pulsão de vida englobando a pulsão sexual e a pulsão do ego. Eros é a força que impulsiona nossa psique  para a união, a sexualidade, para o amor para a construção e a organização. Conforme Freud Eros sustenta a nossa civilização.
THANATOS é a pulsão de morte. Thanatos busca o fim de todas as necessidades, a quietude, o retorno do corpo, a condição de objeto inanimado. Conforme Freud nossa vida psíquica envolve no conflito entre esses impulsos opostos movimento impacividade, criação e destruição, união e separação, amor e indiferença, vida e morte.
São chamados de conteúdo da psique todos os fenômenos que se manifestam em nossa mente como: os desejos, as idéias, as intenções, os pensamentos, as imagens, as lembranças, os sentimentos e as emoções. O gostar e não gostar chamado de afetos tbém são conteúdos da psique, todos eles são influenciados e as vezes arrastados pela energia pulsional, isto é pela pulsão.
As duas tópicas de Freud baseando-se nos conceitos fundamentais de inconsciente e de pulsão, Freud elabora suas teorias sobre a estrutura do aparelho psíquico. De um modo geral, Freud elaborou duas teorias chamadas de duas tópicas. A primeira tópica foi elaborada com base em suas pesquisas sobre os sonhos e a histeria e foi desenvolvida entre os anos de 1900/1915. Posteriormente Freud reformulou essas idéias e elaborou novos conceitos, constituindo sua segunda tópica.
Na primeira tópica a psique humana é compreendida em três partes: inconsciente, pré=consciente e consciente.
O pré=consciente tbém é chamado de subconsciente, a parte consciente junto com a parte do subconsciente formam o sistema, pois um está em permanente contato com o  outro.
Já o lado inconsciente permanece mais afastado.
Esse modelo da primeira tópica é chamada de modelo topográfico, pois tem a forma de uma divisão da mente em três lugares diferentes, com o sistema consciente subconsciente ficando mais próximo do mundo exterior, isto é da realidade externa do sujeito. Enquanto o inconsciente é o mais distante, correspondendo ao lado mais profundo da psique, mais distante do mundo exterior.
Inconsciente é o sistema com instância na psique, que organiza tudo o que existe em nossa mente, mas q não podemos ter consciência naquele momento. São os fenômenos psíquicos inconscientes, com conteúdos psíquicos que existem em nossa mente sem o nosso conhecimento, estão como q escondidos de nois mesmos, pensamentos, sentimentos e imagens escondidos nas profundezas de nossa psique. Na primeira tópica o inconsciente é o lugar das pulsões, dos impulsos, do libido, do desejo sexual da busca pelo prazer. O inconsciente faz a comunicação da psique com o corpo, os instintos e com o sistema nervos. Tbém fica como inconsciente as idéias e os desejos recalcados, isto é reprimidos pela nossa psique, pois não podem ficar na nossa consciência sem causar sofrimento ou desestabilizar a estrutura psíquica. Os conteúdos do inconsciente só podem ser trazidos para nossa consciência após serem modificados pela censura do subconsciente.
Subconsciente organiza os conteúdos que não estão sendo utilizados pela consciência, mas que o lado consciente pode utilizar a qualquer momento. O subconsciente tbém faz uma ponte entre o inconsciente e o sistema consciente. Os pensamentos que devem ser recalcados e guardados no inconsciente, são levados primeiro para o subconsciente e depois são transferidos para o sistema inconsciente e tbém o contrário, pois quando um conteúdo como um desejo a uma idéia precisa ser levado ao sistema consciente vindo do inconsciente, ele passa pelo subconsciente, q faz uma espécie de censura, deixando chegar a consciência só uma parte modificada daquilo q residia no inconsciente. Desse modo evitamos o surgimento de conflitos e sofrimentos que poderia ocorrer se a forte pressão dos impulsos do desejo e as fantasias do inconsciente pegassem a consciência livremente. O subconsciente como que faz uma domesticação parcial, ou seja uma censura desses conteúdos desejantes para q eles não causem problemas no sistema consciente.
Consciente Vejamos agora como Freud na sua primeira tópica compreende o lado consciente de nossa mente. O consciente é o sistema psíquico da primeira tópica, q organiza as relações do sujeito com o mundo exterior. A percepção sensorial como a visão, o tato, o olfato, a audição e o paladar tbém se dirige em grande medida ao sistema inconsciente. O consciente tbém recebe informações do interior da psique e do corpo como as emoções, sensações e lembranças. O sistema consciente organiza os fenômenos e que temos conhecimento imediato e tbém coordena a nossa atenção, q é dirigida pelos movimentos do exterior de maior interesse em cada momento. Devemos entender q a excitação, ou seja as sensações do sistema consciente não são duráveis, por isso ele precisa recorrer ao subconsciente para acessar os conteúdos q já conhecemos mas não estavam sendo utilizados até um dado momento e q haviam ficado no subconsciente.

Segunda tópica
No decorrer dos estudos clínicos da psicose Freud concluiu q o modelo topográfico da primeira tópica não servia para explicar muitos fenômenos, a organização da mente em três sistemas ou lugares conforme a primeira tópica era muito estável, muito confortável para explicar a psique humana, tão dinâmica, complexa e contraditória. Freud então modifica vários conceitos anteriores e no período de 1920/1923 lança as bases de sua segunda teoria do sistema psíquico ou seja, sua segunda tópica. Essa teoria modifica os conceitos de inconsciente e tbém a noção do ego, além disso novos conceitos são incorporados como ID e SUPEREGO. A segunda tópica concede uma estrutura psíquica mais dinâmica e mais complexa com seus sistemas em permanente comunicação entre si. Uma das grandes modificações da segunda tópica é q o inconsciente não é mais compreendido como uma parte da psique, ou seja como uma espécie de lugar psíquico no qual residem os conteúdos inconscientes.
Na segunda tópica inconsciente é uma qualidade, uma característica q se atribui aos fenômenos psíquicos, ou seja aos conteúdos da mente. É como um adjetivo. Na segunda tópica mtos fenômenos psíquicos são inconsciente e não apenas os conteúdos de natureza impulsional, ou seja os impulsos sexuais. O ego na primeira tópica era quase correspondente ao sistema consciente, mas Freud descobre mtos fenômenos inconscientes q são típicos do ego, como alguns mecanismos de defesa.
ID A palavra tem origem em uma expressão em alemão q significa isso, refere-se a característica do ID como uma instancia psíquica mto próxima aos instintos ao lado animal de nossa mente. Na segunda tópica o ID substitui o inconsciente como lugar dos impulsos, isto é da pulsão dos impulsos do desejo. Os conteúdos do ID são o inconsciente e representam a pulsão. Esses conteúdos podem ter dois tipos de origem: Podem ser de origem orgânica, chegando a psique pelas pulsões e tbém podem ser conteúdos recalcados assimilados pelo ID. O ID  obedece o princípio do prazer, busca satisfação imediata, carregado pela energia da pulsão sexual o id pressiona a psique no sentido pela busca pelo prazer constituindo idéias e afetos carregados de libido. O id ignora o mundo exterior e seu único interesse é o corpo, com o qual se relaciona pelo principio do prazer. Com isso quase sempre entra em conflito com o superego!
EGO é a instancia q na segunda tópica faz a mediação entre o id e o superego, faz a mediação entre a pressão do id pelo prazer e as regras, valores e proibições impostas pelo superego. Além disso, é o ego q organiza as relações do sujeito com a realidade do exterior por isso uma parte do ego é consciente. Enquanto na primeira tópica o ego é todo consciente, nessa segunda tópica grande parte do ego é inconsciente. É o ego q institui e organiza os mecanismos de defesa q protegem a estrutura psíquica do sofrimento. Mtos desses mecanismos de defesa são o inconscientes. Além disso o ego é o sistema q confere a coesão da psique e constitui a identidade do sujeito, ou seja o si mesmo ou o eu como totalidade.
O papel do narcisismo na formação do ego. O ego se forma nos primeiros anos de vida de uma criança. A formação do ego como instancia psíquica se inicia qdo a criança percebe q seu corpo está separado do mundo exterior. O bebê vai pouco a pouco se identificando com seu corpo e com sua imagem, antes ele se percebia como totalidade indiferenciada como se ele e o mundo fossem uma coisa só, agora se percebendo separado o bebê se dirige a si mesmo a força pulsional, ou seja a energia sexual, ele como q se apaixona por si mesmo, é o narcisismo, ou seja a pulsão sexual é dirigida a si mesmo, esse narcisismo primordial é necessário para formação do ego, mas deverá em grande parte desaparecer.
Ideal do Ego
Outro momento importante na formação da estrutura psíquica é a superação do narcisismo e a formação do ideal do ego. A criança pouco a pouco percebe q ela não é a detentora da exclusividade da atenção dos pais. Após um período de frustação em que ela se fecha a si mesma, a criança passa a dirigir sua pulsão sexual para o exterior. A libido deixando de ser narcísica se dirige para fora, especialmente para os pais, a criança substitui a adoração por si mesma pela busca de aceitação, aprovação e amor de seus pais. Dirigido para fora sua energia pulsional, ela sente necessidade de ser aprovada e aceita, como que receber de volta o amor q envia para fora. Nessa busca de aceitação, ela constitui um modelo ideal, um modo de ser espelhado em seus pais, q passam a ser o seu modelo, seu ideal ou seja, o ideal do ego q busca aprovação pelo outro. O ego deste momento em diante vai buscar por toda a vida aprovação e aceitação pelo outro, quando essa aprovação não acontece o sujeito sente vergonha.
Complexo de Édipo
Um conceito essencial na teoria psicanalítica de Sigmund Freud é o conceito de Édipo, essa expressão faz a lusão, a tragédia grega em que o jovem Édipo retornando a sua cidade natal e sem conhecer seus pais verdadeiros, mata seu pai em uma luta e se casa com sua própria mãe, descobrindo sua verdadeira origem fura seus olhos e fica cego. Para Freud o complexo de Édipo é um processo universal por q passam todas as crianças entre 3 e 5 anos de idade. No complexo de Édipo a criança dirige seu libido, ou seja sua energia sexual a figura aparental do sexo oposto, ou seja o menino sente atração por sua mãe e a menina sente atração pelo seu pai. Essa situação possui vários conflitos psicológicos pela impossibilidade de realização desse desejo e tbém pelos sentimentos de ódio para com seu rival, ou seja o ódio do menino pelo seu pai  e a menina pela sua mãe. O complexo de Édipo só será superado com três movimentos da psique. Uma forte repressão do desejo sexual, a renuncia a mãe ou ao pai como objeto do desejo e a identificação com a figura aparental do mesmo sexo. A superação do complexo de Édipo dá inicio há uma nova fase do desenvolvimento psicológico, que é o período de latência, em que a repressão do desejo sexual vai propiciar a sublimação do libido, ou seja o processo do qual a energia sexual é canalizada em interesse pela cultura, esse momento é muito importante para a educação conforme a teoria psicanalítica, pois é o período em que o sujeito está mais aberto ao aprendizado.
Superego com a superação do complexo de Édipo se completa a formação da terceira instância psíquica da segunda tópica freudiana, ou superego. O superego é a instância psíquica q cumpre o papel de censor e de juiz, o superego tem a função de consciência moral, autoobservação, autojulgamento, formação de modelos de comportamento e de valores morais. O superego é formado pela interiorização dos modelos de comportamento, especialmente pelo modelo do ego e tbém pelas proibições especialmente a interdição do desejo pela mãe ou pelo pai, q é o fenômeno q sustenta psicologicamente as proibições. O superego representa a si uma forte reação ao complexo de Édipo, instituído na psique as interdições e proibições da vida social e da vida com os outros. O superego dita ao ego como ele deve ser e como ele não pode ser. O superego trava uma batalha permanente com o id buscando reprimir ou adaptar as pulsões sexuais para q elas não afrontem a moral social.